Fugindo da Escravização

O gato busca o rato, a polícia o ladrão, o lixeiro o lixo, o corrupto a verba pública. Nesse jogo de “pega pra capar” vale tudo: desde escutas clandestinas, cookies nos computadores, furtos de documentos e suborno.
Todo mundo tem algo a preservar: tanto pode ser a própria subsistência biológica, a saúde mental, quanto o bom conceito de que dispõe entre os do seu grupo.
Acontece que a revolta pode surgir quando as diretrizes que serviam antes para nortear certos procedimentos e condutas, hoje não são mais necessárias, por conta do surgimento dos novos ângulos.
Como exemplo disso tudo, citamos aquelas normas todas (mais de 600), escritas pelos condutores do povo hebreu pelo deserto. Foram 40 anos de caminhada depois de saírem do Egito, fugindo da escravização.
Foi quando então que, depois de encontrada a terra prometida, mas não sem antes muita dor, surgiram os preceitos cristãos, norteadores da vida em abundância. A partir desse momento não haveria mais razão para manter aquele conjunto obsoleto de regras.
Da mesma forma, a troca de escola, de “filosofia de conduta”, de um sistema particular (de determinada doutrina), para outro, tende a produzir reações indignadas e agressivas como, por exemplo, a condenação.
O reprovável nisso é o uso da violência contra quem não mais deseja se submeter ao conjunto desses procedimentos, antes considerado acertado.
No mundo moderno, no Estado Democrático de Direito, onde a tecnologia, e o conhecimento estão, graças a Deus, ao alcance de todos, a individualidade e as diferenças devem ser respeitadas.
Os opressores, algozes cruéis, desaparecerão por si só, como as ervas que secam no campo.
11/04/2012

Sobre Fernando Zocca

Fernando Antônio Barbosa Zocca é brasileiro, casado, advogado e blogueiro, publica seus textos na Internet há mais de 10 anos tendo iniciado no site usinadeletras.com.br. Foi funcionário da prefeitura municipal de Piracicaba por seis anos. Advogou na comarca de Piracicaba por mais de 20 anos e hoje pratica a caminhada, o ciclismo e a corrida. Em 1982 publicou seu primeiro romance Rosas para Ana.
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