Piracicaba merece uma faculdade de Medicina há muito tempo. Apesar das vozes ignaras, contrárias ao projeto tão almejado, vemos que é chegada a hora de tudo se concretizar.
A demanda por mão de obra especializada, no setor, é notória e só não vê, os que têm muitos interesses contrários ao desenvolvimento da cidade.
As bases materiais já estão implantadas, há também alguns anos, e o ideal depende, para se tornar realidade, do ato político que ponha, no seu devido lugar, as forças obscurantistas, favoráveis ao desenvolvimento científico em outros polos da região.
Não é sensato deixar as parcelas imensas de cidadãos, da nossa urbe, e também das cidades vizinhas, no padecimento não minimizado, única e exclusivamente, pela pertinácia de alguns mandachuvas fora de moda.
Você pode notar, aqui na cidade, um investimento violentíssimo na edificação das pontes, dos viadutos, de alguns edifícios públicos suntuosos, e uma defasagem terrível no chamado fator social.
Então a segurança pública, o ensino, o transporte coletivo e a saúde padecem da anemia financeira, sem os seus recursos, levados por “shunts” condenáveis, pelos tribunais de contas, para as tais obras visíveis na superfície.
Você pode perceber também, na casuística dos erros médicos, uma imensidão daqueles equívocos, causadores das mortes, lesões corporais gravíssimas, perda de tempo e danos morais recorrentes insanáveis.
Não são raros os diagnósticos diversos das realidades, apresentadas nas anameneses, culminantes em terapêuticas contrárias, inclusive, ao bom senso.
Nunca é demais repetir que o aquecimento do planeta em que vivemos, causado pela queima na superfície, dos elementos retirados do subsolo, produz o derretimento das calotas polares.
Isso significa mais água nos mares, mais evaporação e chuvas causadoras das enchentes, destruição e mortes.
Mesmo assim a atual política piracicabana doou uma área imensa de terras a uma montadora de automóveis, liberando-a inclusive do pagamento dos impostos por mais de um século.
Piracicaba contribuirá então, com milhares e milhares de automóveis poluidores, produzidos todos os anos, para o progresso do temído aquecimento global.
Um presídio para setecentos condenados, apesar dos protestos, está sendo construído na periferia da cidade.
Muitos dirão serem necessários os automóveis, o presídio, os viadutos, as pontes e o alfalto.
Mas é inegável que a população tenha também educação, saúde, transporte coletivo, segurança, atendimentos médicos dignos e Piracicaba, finalmente, a sua faculdade de medicina.
O Farol 