O jeitinho que acabou em revolução

Juntagovernativa1930Uma das causas da revolução paulista de nove de julho de 1932, foi sem sombra de dúvidas, o golpe militar liderado e desencadeado em 1930, por Getúlio Vargas.
Se analisarmos os motivos que levaram Vargas, e seus seguidores, a agir daquela forma veremos que a intenção era a de finalizar um jeitinho que favorecia a alternância entre mineiros e paulistas na presidência da república.
Esse jeito de governar o Brasil começou logo no início da república, depois da proclamação em 1889.
Nas eleições de março de 1930 concorriam à presidência o candidato paulista Júlio Prestes, apoiado pelo então presidente Washington Luís, o mineiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Getúlio Dornelles Vargas.
Como acostumava acontecer todo o processo eleitoral era corroído pelas fraudes, evidenciadas na contagem dos votos, número de eleitores e com as atas que intencionalmente não continham a verdade dos fatos.
Desta forma o candidato paulista Júlio Prestes obteve a maioria dos votos tendo sido eleito.
Do sul então emerge o movimento liderado por Vargas, objetivando a deposição de Washington Luis e o impedimento da posse do candidato paulista Júlio Prestes.
A 24 de outubro de 1930, assume o controle a Junta Governativa Provisória formada por Augusto Tasso Fragoso, Isaías de Noronha e João de Deus Mena Barreto (foto).
Getúlio toma posse da presidência no dia 03 de novembro de 1930.
No dia 9 de julho de 1932, as forças paulistas, frustradas com os acontecimentos de 1930, iniciam uma revolução chamada constitucionalista e, mais uma vez, não conseguiram seus intentos.

Sobre Fernando Zocca

Fernando Antônio Barbosa Zocca é brasileiro, casado, advogado e blogueiro, publica seus textos na Internet há mais de 10 anos tendo iniciado no site usinadeletras.com.br. Foi funcionário da prefeitura municipal de Piracicaba por seis anos. Advogou na comarca de Piracicaba por mais de 20 anos e hoje pratica a caminhada, o ciclismo e a corrida. Em 1982 publicou seu primeiro romance Rosas para Ana.
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